MARILYN NA MESA DA AUTOPSIA |
Os primeiros anos
Norma Jeane passou grande parte de sua infância em casas de parentes e orfanatos até que, em1937, mudou-se para a casa de Grace Mckee Goddard, amiga da família. Em 1942, o marido de Grace foi transferido a trabalho para a costa leste e o casal não tinha condições financeiras para levar Norma Jeane, na época com dezesseis anos. Norma Jeane tinha duas opções: Voltar para o orfanato ou se casar com seu namorado.O nome de batismo de Marilyn Monroe era Norma Jeane Mortensen. Ela nasceu no County Hospital emLos Angeles. Ela não conheceu seu pai biológico, fato que a deixava muito abalada. Muitos biógrafos acreditam que o pai biológico de Marilyn era Charles Stanley Gifford, um agente de vendas do estúdioRKO, onde Gladys Pearl Monroe, a mãe de Marilyn, trabalhava. Ela era editora de filmes, mas graves problemas psicológicos a impediram de permanecer no emprego e ela foi internada em um hospício. A certidão de nascimento diz que Martin Edward Mortensen, marido de Gladys, é que é o pai biológico de Marilyn, mas ele somente a registrou, já que ele conheceu a mãe de Marilyn grávida. Ela só recebeu o sobrenome do padrasto em seu nome. Numa entrevista ao canal de televisão Lifetime, James Dougherty, o primeiro marido de Marilyn, disse que ela acreditava que Gifford era o seu pai, já que ela investigou uma vez e viu que antes do seu padrasto sua mãe tivera um único namorado que era chamado Gifford.
No dia 19 de julho de 1942 casou com Jimmy Dougherty, de 21 anos, com quem namorava há seis meses. Segundo Jimmy, ela era uma menina doce, generosa e religiosa e que gostava de ser abraçada. Até então, Norma Jeane amava Jimmy e eles estavam muito felizes juntos, até que ele entrou para a Marinha e foi transferido para o Pacífico Sul, em 1944.
Após a partida de Jimmy, Norma Jeane começou a trabalhar na fábrica Rádio Plane Munition, em Burbank, naCalifórnia. Alguns meses depois, o fotógrafo Davis Conover a viu enquanto tirava fotos de mulheres que ajudavam no esforço de guerra, para a revista Yank. Ele não acreditou na sua sorte, pois ela era um "sonho" para qualquer fotógrafo. Norma Jeane posou para uma seção de fotos e ele começou a lhe enviar propostas para trabalhar como modelo. As lentes adoravam Norma Jeane, e em dois anos ela tornou-se uma modelo respeitável e estampou seu rosto em várias capas de revistas. Ela começou a estudar o trabalho das lendárias atrizes Jean Harlow e Lana Turner, e inscreveu-se em aulas de teatro, sonhando com o estrelato. Porém, o marido Jimmy retornou em 1946, o que significou que Norma Jeane tinha que fazer outra escolha, dessa vez entre seu casamento e sua carreira.
Norma Jeane e Jimmy divorciaram-se em junho de 1946, pois ele não aceitava que ela se tornasse uma atriz. Norma assinou seu divórcio antes mesmo de assinar seu primeiro contrato na vida, dessa vez foi contratada oficialmente pela Twentieth Century Fox em 26 de agosto de 1946, com um salário de 125 dólares por semana. Pouco tempo depois, tingiu seu cabelo de loiro claríssimo e mudou seu nome artisticamente paraMarilyn Monroe, Monroe era o sobrenome da sua avó materna e Marilyn o nome mais chique da época.
O início da carreira
O primeiro papel de Marilyn no cinema foi uma participação não creditada em Sua Alteza, a Secretária (The Shocking Miss Pilgrim, 1947), de George Seaton. Contracenou rapidamente com Groucho Marx em Loucos de Amor, (Love Happy, 1950), de David Miller. Nesse mesmo ano conseguiu um pequeno mas influente papel nothriller de John Huston, O Segredo das Joias, (The Asphalt Jungle) e o papel de Claudia Caswell em A Malvada, (All About Eve), estrelado por Bette Davis e dirigido por Joseph L. Mankiewicz, tendo recebido muitos elogios. A partir daí, participou de filmes como Sempre Jovem, (As Young As You Fell, 1951), de Harmon Jones, O Inventor da Mocidade, (Monkey Business, 1952), de Howard Hawks e Almas Desesperadas, (Don't Bother to Knock, 1952), de Roy Baker. No entanto, foi sua performance em Torrentes de Paixão, (Niagara,1953), de Henry Hathaway, que a tornou estrela. Marilyn fez o papel de Rose Loomis, uma jovem e bela esposa que planeja matar seu velho e ciumento marido, personagem de Joseph Cotten.Marilyn começou a carreira em alguns pequenos filmes, mas a sua habilidade para a comédia, a sua sensualidade e a sua presença em eventos levaram-na a conquistar papéis em filmes de grande sucesso, tornando-a numa das mais populares estrelas de cinema dos anos 50. Tinha 1,67 m de altura, 94 cm de busto, 61 cm de cintura e 89 cm de quadril. Apesar de sua beleza deslumbrante, suas curvas e lábios carnudos, Marilyn era mais do que um símbolo sexual da década de 50. Sua aparente vulnerabilidade e inocência, junto com sua inata sensualidade, a tornaram querida no mundo inteiro. Ao mesmo tempo que era uma menina frágil e inocente, era uma mulher dominante e irresistivelmente sedutora.
O sucesso
O sucesso de Marilyn em Torrentes de Paixão lhe rendeu, no mesmo ano, os papéis principais em Os Homens Preferem as Louras, (Gentlemen Prefer Blondes), de Howard Hawks, que contou com a participação de Jane Russell, e Como Agarrar um Milionário, (How to Marry a Millionaire), de Jean Negulesco, com participação deLauren Bacall e Betty Grable. A revista Photoplay votou em Marilyn como melhor atriz iniciante de 1953 e, aos 27 anos de idade, ela era sem dúvida a loira mais amada de Hollywood.
No dia 14 de janeiro de 1954, Marilyn casou com seu namorado, o jogador de baseball Joe DiMaggio, em São Francisco, na Califórnia. Eles namoravam há dois anos quando Joe pediu a seu agente que organizasse um encontro para os dois jantarem e a pediu em casamento. "Eu não sei se estou apaixonada por ele ainda", disse Marilyn à imprensa logo no início de seu relacionamento, "mas eu sei que eu gosto dele mais do que qualquer homem que já conheci". Durante sua lua de mel em Tóquio, Marilyn fez uma performance para os militares que serviam na Coreia. A sua presença causou quase um motim, e Joe se mostrava claramente incomodado com aqueles milhares de homens desejando sua mulher. Ela era muito cobiçada, sua beleza chamava atenção e isso causava brigas e ciúmes com todos os homens com quem se relacionou.
Infelizmente, a fama de Marilyn e sua figura sexual tornaram-se um problema em seu casamento. Nove meses depois, no dia 27 de outubro de 1954, Marilyn e Joe se divorciaram. Eles atribuíram a separação a "conflitos entre carreiras", e permaneceram bons amigos.
Em 1955, Marilyn estava pronta para livrar-se da imagem de furacão loiro. Isso tinha dado a ela o estrelato, mas agora tinha a oportunidade e a experiência, Marilyn queria seguir com seriedade a carreira de atriz, queria experimentar novas sensações e poder mostrar que era mais que uma mulher que atiçava o imaginário sexual dos homens. Ela mudou-se de Hollywood para Nova York, para estudar na escola de atores de Lee Strasberg. Em 1956, Marilyn abriu sua própria produtora, Marilyn Monroe Productions. A empresa produziu os filmes Nunca Fui Santa, (Bus Stop, 1956), de Joshua Logan e O Príncipe Encantado, (The Prince and the Showgirl, 1957), dirigido e coestrelado por SirLaurence Olivier. Esses dois filmes serviram para Marilyn mostrar seu talento e versatilidade como atriz. Em 1959, Marilyn brilhou em Quanto Mais Quente Melhor, (Some Like It Hot), de Billy Wilder, e teve seu trabalho reconhecido ao vencer o Globo de Ouro de "Melhor Atriz em Comédia.
Infelizmente, o terceiro casamento de Marilyn terminou, dessa vez no dia 20 de janeiro de 1961. A data do divórcio, ocorrido no México, foi escolhida por ser o dia da posse do presidente John F. Kennedy, nos Estados Unidos, numa tentativa de manter a separação fora das manchetes. A tática não funcionou e mais uma vez a vida de Marilyn foi alvo de fofocas, escândalos, capas de jornais e revistas pelo mundo.No dia 29 de junho de 1956, Marilyn casou-se com seu novo namorado, odramaturgo Arthur Miller. O casal se conheceu através de Lee Strasberg, e amigos disseram que ela o deixava de "joelhos bambos". Enquanto eles estavam casados, em 1961, Arthur escreveu o papel de "Roslyn Taber" deOs Desajustados, (The Misfits), especialmente para Marilyn. Dirigido por John Huston e coestrelado por Clark Gable e Montgomery Clift, este acabou sendo o último filme completo de Marilyn e a despedida das telas de Gable.
Marylin já era amante de Kennedy muito antes dele entrar na Casa Branca. Kennedy ficara obcecado por ela durante sua recuperação de uma operação na coluna que o deixou imobilizado. Seu irmão Bobby pendurou, de cabeça para baixo, um poster onde Marilyn vestia um blusa decotadíssima, um short curto e estava de pernas totalmente abertas, em frente à cama do seu quarto e isso fez Kennedy ficar loucamente atraído por ela.
O caso entre eles teve início depois de seu divórcio de Joe di Maggio e continuou enquanto ela esteve casada com Arthur Miller. Eles se encontravam na suíte dele do Carlyle Hotel, em Nova Iorque, ou na casa de praia de Peter Lawford, em Santa Monica. O FBI grampeou a casa de praia de Lawford e John Edgar Hoover, o chefe do FBI, usou as gravações para manter seu cargo quando Kennedy tentou demiti-lo. Hoover também insinuou que alguém mais havia grampeado a casa - a Máfia, com que Kennedy cruzara durante as eleições.
Robert Kennedy, o irmão mais novo do presidente, por vezes se relacionava com as mulheres de John. Era o chefe de Hoover e, como procurador federal, estava determinado a acabar com a Máfia. Advertira o presidente para deixar Marilyn, pois os chefes mafiosos poderiam usar o caso contra ele, já que seria um escândalo se a mídia soubesse que ele mantinha um caso fora do casamento.
Apesar de suas ilusões, Marilyn sabia que Kennedy desejava apenas a estrela cintilante de cinema, não a mulher que era. Ele pretendia livrar-se dela com elegância, pois esse relacionamento lhe prejudicaria perante os poderoso da política. Marylin, então resolveu dar um grande presente a Kennedy, dar a ele um último momento de glória: Em seu aniversário, Peter Lawford levou-o à sede do Partido Democrático, onde ela cantou com voz lasciva "Feliz aniversário, senhor presidente". Ela estava com um belo vestido que o diplomata Adlai Stevenson descreveu como feito de "pele e pérolas. Só que não vi as pérolas." John Kennedy disse: "Já posso me retirar da política, depois de ter ouvido este feliz aniversário cantado para mim de modo tão doce e encantador."
Nos Golden Globes de 1962, Marilyn foi nomeada a "personalidade feminina favorita de todo cinema mundial", provando mais uma vez que era mundialmente adorada.
A morte
Seu fim triste aconteceu na manhã do dia 5 de agosto de 1962. Aos 36 anos, Marilyn faleceu enquanto dormia em sua casa em Brentwood, na Califórnia. A notícia foi um choque, propagado pela mídia, explorando sobretudo o caráter misterioso em que o fato se deu, prevalecendo a versão oficial de overdose pela ingestão de barbitúricos. O brilho e a beleza de Marilyn faziam parecer impossível que ela tivesse deixado a todos. Ninguém sabe de fato o que aconteceu naquela noite. Ouviu-se o barulho de um helicóptero. Uma ambulância foi vista esperando fora da casa dela antes que a empregada desse o alarme. As gravações de seus telefonemas e outras evidências desapareceram. O relatório da autópsia foi perdido. Toda a documentação do FBI sobre sua morte foi suprimida e os amigos de Marilyn que tentaram investigar o que acontecera receberam ameaças de morte. No dia 8 de agosto de 1962, o corpo de Marilyn foi velado no Corridor of Memories, nº 24, no Westwood Memorial Park em Los Angeles.
Há suspeitas fortíssimas de que Marilyn foi sufocada até a morte pela máfia, um grupo terrorista que assassina pessoas. Eles tinham ligação com Keneddy e ele era amante há anos de Marilyn, a máfia pode ter descoberto esse envolvimento e como precaução, já que Marilyn poderia saber da máfia, eles a assassinaram, para que ela não denunciasse a polícia que esse grupo terrorista estaria ameaçando a vida de Kennedy.
FILMOGRAFIA
- 1948 Sua Alteza, a Secretária (The Shocking Miss Pilgrim)
- 1948 Torrentes de Ódio (Scudda Hoo! Scudda Hay)
- 1948 Idade Perigosa (Dangerous Years)
- 1948 Mentira Salvadora (Ladies of the Chorus)
- 1950 Loucos de Amor (Love Happy)
- 1950 O Que Pode um Beijo (A Ticket to Tomahawk)
- 1950 O Segredo das Joias (The Asphalt Jungle)
- 1950 A Malvada (All About Eve)
- 1950 O Faísca (The Fireball)
- 1950 Por um Amor (Right Cross)
- 1951 Em Cada Lar, Um Romance (Home Town Story)
- 1951 Sempre Jovem (As Young As You Feel)
- 1951 O Segredo das Viúvas (Love Nest)
- 1951 Joguei Minha Mulher (Let's Make it Legal)
- 1952 Só a Mulher Peca (Clash by Night)
- 1952 Travessuras de Casados (We're Not Married)
- 1952 Almas Desesperadas (Don't Bother to Knock)
- 1952 O Inventor da Mocidade (Monkey Business)
- 1952 Páginas da Vida (O. Henry's Full House)
- 1953 Torrentes de Paixão (Niagara)
- 1953 Os Homens Preferem as Louras (Gentlemen Prefer Blondes)
- 1953 Como Agarrar um Milionário (How to Marry a Millionaire)
- 1954 O Rio das Almas Perdidas (River of No Return)
- 1954 Mundo da Fantasia (There's No Business Like Show Business)
- 1955 O Pecado Mora ao lado (The Seven Year Itch)
- 1956 Nunca Fui Santa (Bus Stop)
- 1957 O Príncipe Encantado (The Prince and the Showgirl)
- 1959 Quanto Mais Quente Melhor (Some Like it Hot)
- 1960 Adorável Pecadora (Let's Make Love)
- 1961 Os Desajustados (The Misfits)
- 1962 Something's Got to Give
Belíssima homenagem à mais completa estrela do cinema mundial em toda a História da Sétima Arte. Atriz completa, mulher fabulosa, sensível e inteligente, massacrada pelas engrenagens do sistema capitalista que via nela apenas um produto de luxo perfeitamente comercializável. O julgamento da História, contudo, já se fez: Marilyn Monroe ( Norma Jean Baker ) é - sozinha- superior a toda a Hollywood de hoje e serve de constante inspiração às atuais dublês de estrelas!
ResponderExcluir( Adriano Miranda-Franca-SP )
Concordo com tudo o que o Adriano diz. Marilyn Monroe foi realmente muito injustiçada por Hollywood, que enxergava e explorava nela apenas a beleza física, mas esquecia ou vingia não ver as outras qualidades que ela tinha. Muitas pessoas naquela época e até hoje, confundiam a atriz Marilyn com seus personagens. Sendo assim, muitas vezes ela foi julgada como sendo uma loira burra, sem na verdade ser nada daquilo. Basta olhar essas fotos ! Olha, o tanto de foto em que ela aparece lendo um livro ou uma revista. Será que ela era tão burra ou tão fútil como algumas pessoas ainda afirmam ? Outras vezes ela foi julgada como sendo uma drogada, viciada em remédios. Na verdade ela tomava aquele monte de remédio, pois ela sofria de uma doença chamada esquizofrenia. Além disso, ela tinha crises constantes de depressão,pois a infância dela foi extremamente horrível e sofrida. Desde quando ela nasceu, ela sentiu na pele o que era ser rejeitada. Toda sua infância e adolescência ela passou em lares adotivos ou orfanatos.Nunca teve amor de pai e nem amor de mãe. Aliás, sua mãe sofria também da esquizofrenia e portanto, foi internada quando a Marilyn tinha apenas 8 anos.Na verdade, se formos fazer uma análise justa, ela foi muito é inteligente, por ter chegado onde chegou, mesmo com tantos problemas e tanto sofrimento. E por trás daquele corpão exuberante de mulher, escondia uma menina completamente meiga, delicada, tímida que apenas queria uma coisa na vida: SER AMADA !
ResponderExcluirPARABÉNS PELA HOMENAGEM, MAIS A 2ª FOTO, LOGO APÓS A FOTO DA MARILYN FALANDO AO TELEFONE, NA VERDADE NÃO É DA MARILYN E SIM DA SCARLET JOHANSON. ALÉM DISSO, A FOTO DA MARILYN NA AUTÓPSIA É COMPLETAMENTE SUSPEITA. A MARILYN MORREU COM APENAS 36 ANOS DE IDADE, E A MULHER DA FOTO ALÉM DE NÃO PARECER NADA COM ELA( MARILYN) É BEM MAIS VELHA.