terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

SILVANA MANGANO

Silvana Mangano (Roma23 de abril de 1930 - Madri16 de dezembro de 1989) foi uma atriz italiana.

Filha de um ferroviário e de uma inglesa, começou a seguir os cursos de dança clássica em Milão, ministrados por Jia Ruskayae, notada pelo famoso estilista francês Georges Armenkov, Silvana após um pouco de hesitação, decide partir para aFrança para trabalhar como modelo para a Maison Mascetti; e foi precisamente na França que Silvana desponta em 1945 como figurante no seu primeiro filme: Le jugement dernier.O Inicio

Retornando à Itália, graças a sua beleza escultural, participou do concurso Miss Itália 1947 que foi ganho porLúcia Bosé; nesta edição participaram também Gianna Maria Canale (segunda), Gina Lollobrigida (terceira) eEleonora Rossi Drago (depois excluída) que tornaram-se amigas de Silvana por toda sua vida.
Silvana vem a ser notada pelo diretor Mário Costa e logo começa a trabalhar na figuração em alguns filmes comoIl delitto di Giovanni Episcopo em 1947, de Alberto Lattuada, ao lado de Gina Lollobrigida. No entanto, segue um curso de declamação teatral, onde conheceu Marcelo Mastroianni, seu primeiro namorado.

Arroz Amargo e o Sucesso

Com apenas 19 anos, Silvana Mangano foi escolhida por Giuseppe De Santis para o filme Arroz Amargo (1949) com Vittorio Gassman: a atriz tinha dezenove anos e se apresentou ao teste em meio a uma grande quantidade de garotas, mas o diretor não escolheu nenhuma delas: nem mesmo ela, que estava vestida de uma maneira muito vistosa e estava muito maquiada. Algum tempo depois, passeando pela Via Veneto em Roma, ela se encontrou com o diretor debaixo de chuva: sem maquiagem, com os cabelos molhados e com um aspecto simples, impressionou De Santis que a fez fazer um segundo teste, conseguindo assim o papel da protagonistaSilvana. No set conheceu o seu futuro marido, o produtor cinematográfico Dino De Laurentiis.
filme obteve um sucesso extraordinário e Silvana, graças a sua beleza também, alcançou o sucesso no mundo do cinema, lançada como sex symbol italiano no pós-guerra. A sua imagem altiva e indolente de camponesa com a camisa elegante e com as meias pretas até a metade das coxas, tornaram-se uma imagem símbolo do cinema italiano.
Ainda em 1949 trabalhou em Cagliostro e novamente com Vittorio Gassman em Il lupo della Sila, tanto que corriam boatos de que a queriam como noiva do ator. No ano seguinte filmou com Amedeo NazzariIl brigante Musolino.
Chegou o sucesso a nível internacional: os criticos americanos a comparavam a Rita Hayworth e recebia propóstas de Hollywood e do diretor Alexander Korda, mas Silvana recusou. Nesse mesmo ano se casou comDino De Laurentiis, com quem teve quatro filhos: Veronica, Raffaella (futura produtora), Federico e Francesca.

Os anos 1950

Após o casamentoDe Laurentiis passou gerir sua carreira de maneira prudente e cuidadosa, sabendo escolher roteiros adequados e com personagens psicologicamente mais complexos e etéreos, como a dançarina de night-club que torna-se freira no filme Anna de Alberto Lattuada (1951) e O Ouro de Nápoles (1954) de Vittorio De Sicaonde interpreta a prostituta no episodio de Teresa e de novo ao lado de Vittorio Gassman em Mambo (1954). Neste periodo aumentou o gradual afastamento da personagens relacionadas com a sua beleza com interpretações mais complexas e com mais nuances psicológicas.
No seu primeiro trabalho internacionalUlisses (1954) por Mario Camerini, ao lado de Kirk Douglas e Anthony Quinn, a atriz interpretou dois personagens: Penelope e feiticeira Circe. Agora, Silvana era uma diva do cinema. Convidada a trabalhar com Marcello Mastroianni, mas mais de uma vez recusou, concordando em trabalhar no filme La tempesta (1958).
Silvana Mangano continuou a selecionar as propostas recebidas, fazendo filmes famosos como La diga del Pacifico (1958), direção de René Clément e tirado de um romance de Marguerite Duras, trabalhando comAnthony Perkins e Alida Valli como co-stars. No fim dos anos 1950, apesar do personalidade reservada, Silvana Mangano fez sucesso no papéis de comédia, provando sua versatilidade no papel de prostituta A Grande Guerra(1959) de Mario Monicelli, com Alberto Sordi e Vittorio Gassman, ou de pessoas comuns em Crimen (1961) deMario Camerini.

Os anos 1960: as comédias e os filmes de autor

Em 1960Federico Fellini lhe propos atuar ao lado de Marcello Mastroianni em La Dolce Vita, mas De Laurentiis, por causa de seu ciúme, lhe fez recusar a personagem que foi feita por Anouk Aimée.
Silvana Mangano interpretou uma mulher que luta contra a força nazista em Cinco Mulheres Marcadas (1960) deMartin Ritt, concordando em cortar a zero o seu longo cabelo pela personagem e acaba sendo capa da revistaamericana Life. Enquanto isso filmou Una vita difficile (1961) e O Juízo Universal (1961), afirmando a amizade com Alberto Sordi, que tornou-se um de seus amigos mais queridos. Com a notável interpretação de Edda Cianono filme Il processo di Verona de Carlo LizzaniSilvana Mangano começou a lidar com personagens cada vez mais atormentadas, introspectivas e refinadas.

Pasolini e Visconti

De 1967 à 1974Silvana Mangano teve a oportunidade de mostrar o seu talento de maneira definitiva, dirigida por dois mestres como Pier Paolo Pasolini e Luchino Visconti, que compreenderam a sua maneira de atuar. Foi uma esplendida Jocasta no filme Édipo Rei (1967) e trabalhou em outros dois filmes Capriccio all'italiana (1967) eAs Bruxas (1967) ao lado de Totò.
Interpretou uma mãe desnaturada e hipocrita em Teorema (1968) com Massimo Girotti e Terence Stamp. ApósDecameron (1971) abandonou Pasolini e atuou na comédia Semeando a Ilusão (1972), considerada por alguns a obra-prima de Luigi Comencini, ao lado de Alberto SordiBette Davis e Joseph Cotten.
Visconti a queria em Morte em Veneza (1971) e, ao lado de Romy Schneider, em Ludwig (1973), no ano seguinte, no elenco de estrelas em Violência e Paixão (1974) com Burt Lancaster e Helmut Berger.


Um contraponto ao sucesso profissional, houve dificuldades na vida privada. Cada vez mais isolada de seu marido e filhos, e para testemunhar o seu desconforto, existem muitas entrevistas no qual ela declarou seu desgosto com sua aparência física, e também falou da sua persistente insônia. A morte de seu filho Fredericoaos vinte e cinco (em 15 de julho de 1981 em um acidente de avião no Alasca) agravou sua depressão.
Silvana Mangano divorciada de Dino De Laurentiis, foi diagnosticada com câncer de estômago, então retirou-se da vida pública, participando apenas do filme Duna (1984) de David Lynch, ao pedido de sua filha Raffaella,produtora do filme. Sentindo a aproximação do final, tornou-se amiga do ex-marido De Laurentiis e trabalhou comMarcello Mastroianni na obra-prima de Nikita MikhalkovOlhos Negros (1987).
Ela morreu de câncer dois anos depois, em Madri, onde ela vivia com sua filha Francesca, em 16 de dezembrode 1989, deixando na memória do público italiano o retrato de uma grande atriz e intérprete respeitada.

Filmografia


Prêmios

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